Além do espetáculo


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Indizível

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Despedidas são momentos incríveis. Tristes, de certo modo, mas incríveis. Pode parecer fraqueza, mas sempre sinto água invadir minha visão em momentos despedidas. Sou a pessoa mais a favor da mudança, mas sou também aquele que mais tende a resistir a ela; odeio pensar o passado e amo a nostalgia.

Mas, sim, as despedidas criam auras mágicas, etéreas demais para serem descritas, mas fáceis de serem inspiradas no ar que cerca; confissões, declarações, perguntas e previsões todas se misturam entre si numa egrégora que faz o relógio girar bem mais rápido. Embora frágeis, entretanto, as memórias marcam a ferro nossa vida, nossa identidade, nossa história.

É naquele olhar, é naquela palavra que está tudo. Não se engane, de todo modo: uma despedida sempre é uma chegada. Chegada de novas oportunidades, de nova vida. Só tenha cuidado e carinho ao escolher quem vai levar com você para essa nova chegada ou deixar nessa breve despedida. E, porque não, toda despedida é uma infinitude de liberdade que cabe só a você decidir.

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Testes com monoprinting I

Admitidamente muito atrasado com meu projeto de conclusão, fui testar monoprinting, um tipo de monotipia em que se utiliza um desenho como matriz, em vez de interferir diretamente na tinta espalhada na prancha de reprodução (?)

Enfim, deu merda. No início, fui usar acrílica, e por mais rápido que eu fosse, a tinta se espalhava demais ou grudava o papel da impressão e eu perdia tudo.

Com óleo, fui um pouco melhor, apesar de ter tido alguns problemas com a tinta muito grossa ou com muito solvente, se espalhando demais no papel também. Ainda assim não considero o resultado satisfatório. Acho que o papel foi um determinante: estava usando um offset 75g, aí a tinta se espalhava muito fácil. Quando eu tentei usar um 224, foi melhor (no lado liso), mas não sei se era o desenho que não era adequado ou minha impressão mesmo. Farei mais testes.

Ah, acho que o rolo que eu usei também fudeu tudo, porque não era um de espalhar propriamente, mas um de esponja. O que deixou com uma textura interessante, mas não com uma camada uniforme.

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Não, não. Eu seria um idiota se eu dissesse que minha vida é difícil. Com tanta gente passando o que passa por aí… não. Eu sou difícil. Eu sou fundamentalmente composto por problemas e defeitos que só deus sabe se e quando eu vou conseguir eliminar.

Também não é fraqueza, é se sentir sobrepujado: as possibilidades são tantas, as pessoas tão ilimitada que qualquer tentativa de escolhar uma das portas em detrimento das infinitas outras cria um problema insolúvel na tentativa de abarcar toda pluralidade.

Não, não. Sou eu. Eu que me apoio em “teorias ” otimistas nas quais um novo futuro pode ser reescrito, que nosso passado pode ser superado. É um esforço vão e ingeunuamente otimista.

Morro de sono. Morro de tédio. Hoje já foi.

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